Daniel Jorge
A poesia faz a gente ver a vida de forma diferente, mesmo enfrentando tudo e todos.
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Estamos no dia 27 de março do ano de 2020, um tempo que reserva ao ser humano, numa escala global, um misto de tensão e ceticismo. É bem verdade, que a tensão predomina, tendo em vista a propagada "pandemia do Coronavírus" - CONVID19. Um vírus que surgiu na cidade de Wuhan na China e que tem se espalhado pelo mundo nos últimos meses. Vou me abster das recomendações específicas, massivamente divulgadas pelos órgãos de saúde do País, Estados e Municípios. Quero focar minha análise em duas questões pouco debatidas no Brasil, que, a meu ver, tem se tornado mais perniciosa no momento para a nação do que o próprio Vírus: - Trata-se da delinquência da grande mídia e da politização do coronavírus.
 
Para estabelecer, mesmo que de forma resumida, uma compreensão mínima dos acontecimentos, pode-se recordar que no final de janeiro e início de fevereiro a grande mídia brasileira já noticiava casos relacionados ao vírus, ressaltando seu potencial em alcançar o mundo. No final de janeiro deste ano, o médico Dráuzio Varella, muito conhecido no Brasil por suas matérias na área da saúde no programa Fantástico da TV Globo, soltou um vídeo sobre o coronavírus em seu canal no Youtube, onde possui milhares de seguidores com a seguinte afirmação:
 
De cada 100 pessoas que pega o vírus, 80 a 90 pessoas tem um resfriadinho de nada. Existe um pouco mais de letalidade nas idades avançadas”, afirma. O médico continua explicando que “na epidemia chinesa, abaixo de 10 anos nenhuma criança morreu; na faixa de 10 a 40 anos de cada mil que pegaram o vírus dois morreram”. Ele acrescenta: “e a gente não sabe quem foram esses dois – se tinha problemas imunológicos, doenças associadas, se eram fumantes que tinha lesado o pulmão, a gente num sabe”. E continua com sua explicação: “a mortalidade vai aumentando com a idade. Chega aos 80 anos, a mortalidade pelo vírus é ao redor de 15%. Tudo bem, num é baixa, a cada 100 que pega 15 falecem, mas aos 80 anos, tudo fica grave. Gripe aos 80 anos é grave! Dengue é grave, tudo fica mais grave depois dessa idade. Além, que a mortalidade depois dos 80 anos aumenta sozinha, não precisa de vírus nenhum para ajudar, né. Então, essa é a realidade”. Em um vídeo publicado no dia 18 de março, o médico global recomendou que as pessoas tivessem "bom senso e que procurasse as fontes confiáveis" sobre o Coronavírus. Em outro vídeo do dia 23 de março, o Dr. Dráuzio Varella afirmou que “quem minimiza a situação do coronavírus é um irresponsável”.
 
O que leva um homem com a qualificação e perfil do Dr. Dráuzio Varella a tais conclusões em um curto período de tempo? Seria pressão da Emissora, a qual ele deve satisfação? Seria a repercussão negativa junto à opinião pública? Seriam novas descobertas a respeito do vírus? Seria o aumento desordenado da proliferação do vírus no País? Em quem podemos acreditar – Nele, nele ou Nele? É, vamos dá tempo ao tempo e tentar descobrir qual dos três possui o fundamento adequado na condução das informações sobre o Vírus Chinês.   
 
Seguindo com a nossa memoria dos acontecimentos, vamos constatar que no dia 26 de fevereiro foi noticiado o primeiro diagnóstico do Vírus Chinês no Brasil. A repercussão do caso não foi suficiente para sufocar o êxtase das ruas por conta do carnaval, que estava sendo massivamente repercutido e afagado nos mínimos detalhes pela grande mídia. Com o fim do carnaval, os principais meios de comunicação do País passaram a intensificar em suas produções "jornalísticas", às pautas relacionadas ao Vírus Chinês, que já havia chegado a Europa e produzia seus primeiros efeitos. Ao passo que a situação na Europa foi se agravando, e o eminente risco de o Brasil entrar, inevitavelmente, na rota dos países propensos a contrair o Vírus Chinês, intensificou ainda mais a excitação da grande mídia.

Sabedores de que a audiência, na maioria das vezes, está condicionada a matérias de caráter catastróficas, passaram a descrever nos mínimos detalhes todos os acontecimentos relacionados a disseminação do Vírus. Esse bombardeio de "informação", a partir da calamidade constatada, especialmente na Itália, começou a prender a atenção de uma parcela dos brasileiros. Não demorou muito, e o segundo caso do Vírus Chinês foi diagnosticado no Brasil.

Assim, a mídia brasileira intensificou um pouco mais nos seus noticiários e programas de entretenimento, as pautas relacionadas ao Vírus Chinês. O segundo diagnóstico foi confirmado no dia 29 de fevereiro, portanto, há 15 dias de uma manifestação marcada para o dia 15 de março de 2020. O ato era pró-governo e contra os congressistas que insistem em parasitarem a nação brasileira utilizando o argumento de que é necessário ter “governabilidade”.

Neste cenário, a posição quase unânime dos "jornalistas" brasileiros, era pela suspensão do ato. Esse mesmo pensamento foi compartilhado pelos presidentes do Congresso Nacional, e, depois de muitas polêmicas, até pelo presidente da República. O argumento utilizado por todos para barrar a manifestação: - o risco de propagação do Coronavírus. Aqui cabe uma pergunta: por que não houve essa preocupação antes e durante o período carnavalesco?

Apesar da massificação do argumento, que tinha como pano de fundo o desencorajamento da população, milhares de pessoas decidiram ir às ruas no dia e hora marcada, contrariando a mídia e as recomendações das autoridades. Acontece que em um desses atos, o Presidente da República Jair Bolsonaro, que antes havia sob pressão da mídia e de autoridades constituídas, desaconselhado a realização do evento, termina se aproximando dos manifestantes, cumprimentando-os e erguendo uma bandeira do Brasil.

Esta atitude do presidente, junto aos dois casos de Coronavírus já diagnosticados no País, incendiou de vez o debate público. Ainda no dia 15, o Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, em entrevista a TV Globo, disse ver com ‘perplexidade’ a participação de Jair Bolsonaro na manifestação. A Folha de São Paulo estampa a manchete: “Bolsonaro ignora crise do coronavírus, estimula e participa de ato pró-governo e contra Congresso e STF”. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre chamou de "inconsequente", a atitude de Bolsonaro. Por sua vez o Ministro do STF Marco Aurélio disse que “o exemplo vem de cima”.

A partir desse ponto, o Coronavírus foi literalmente politizado. E os jornais que já vinham tocando o terror psicológico nas suas publicações contando um a um o número de infectados e mortos, tomando por base a situação da Itália, passaram a utilizar a atitude do presidente – de ir ao encontro de um grupo de manifestantes – como principal ameaça de propagação do Vírus Chinês no Brasil. A imprensa não notou e se notou, simplesmente ignorou, que aquelas pessoas que estavam na manifestação – incluindo a atitude do próprio presidente de ir até os manifestantes – eram homens e mulheres que não davam bolas para o que a mídia e as “autoridades” estavam dizendo. Aquelas pessoas tinham notado que os interesses propagados pela grande mídia e até pelas “autoridades”, são descolados da realidade do cidadão comum no seu dia a dia. 
 
Se você, sem nenhum esforço, observar, o carnaval que possui a maior concentração de pessoas, não aparece de forma alguma, nem nas manchetes dos jornais, nem nos programas de entretenimento, muito menos nos discursos das autoridades, como um evento em potencial para transmissão da doença, mas as manifestações pro-governo parecem apocalípticas. Essa é, a constatação cabal da incapacidade da grande mídia e de muitas “autoridades” de levarem a sério o que realmente interessa ao povo brasileiro.
 
No dia 17 de março, houve a primeira morte de um homem de 62 anos que tinha contraído o Vírus Chinês. Naquele dia o Portal G1 estampou a seguinte manchete: SP registra a primeira morte pelo novo coronavírus no Brasil; o Portal Cidade Verde no Piauí destacou: Após 1ª morte, casos confirmados de novo coronavírus chegam a 291 no Brasil; e o Site da Cidade Modelo em Picos replica o mesmo titulo da matéria publicada pelo G1. Aqui é apenas uma demonstração de como os grandes veículos de comunicação influenciam os menores. O fato é que esta informação foi massificada em todos os meios de comunicação: - TV, Rádio, Portais na Internet, além das Redes Sociais. Sem contar as especulações e suposições das mais diferentes formas feitas por apresentadores e comentaristas na mídia. 
 
Do que foi dito até aqui, é possível perceber que os grandes meios de comunicação do Brasil, que se dizem “especializados”, por não conseguirem tutelar o povo, optaram por espalhar o terror, numa dobradinha infernal, com grupos políticos partidários, que já fizeram de tudo um pouco, para estabelecerem o caos no País. Estes veem no Vírus Chinês, claro, contando com o apoio da mídia, uma excelente oportunidade de converter a opinião pública aos seus propósitos demoníacos. Aqui não se trata de teoria da conspiração. Qualquer homem ou mulher que ousar pensar um pouco fora da caixinha social em que nos encontramos, consegue perceber nitidamente estes movimentos. 
 
Pelo que tenho observado até aqui, a grande mídia, na dobradinha com os poderes constituídos tem, finalmente, depois de um jejum de pouco mais de cinco anos – sem conseguir sensibilizar as pessoas – tem conseguido tocar o terror na população brasileira. É uma reação da mídia disfarçada de informação para mostrar quem manda no pedaço. Por traz de toda ação da grande mídia tem um fato: - Escassez do dinheiro público. Os donos e empregados da grande mídia estavam acostumados com o jogo de manipulação junto as instâncias governamentais. Neste jogo de conveniência econômica eles se calavam, omitiam, por vezes manipulavam – invariavelmente em favor do governo – tudo para garantir seu quinhão no grande “bolo” do dinheiro público. Assim, o povo, através do governo, pagava a grande mídia para ser desinformado.
 
O cenário político dos últimos anos mudou, a fonte de dinheiro público diminuiu, mas o modus operandi da grande mídia – em muitos casos – de promover a desinformação continua. Isso não é novidade, pois é isso que aprenderam fazer e fazem todos os dias, o dia todo. Assim, nesse tempo de Vírus Chinês, a grande mídia venceu! Mesmo que seja por pouco tempo, mas venceu! Isso é inegável! Está refletido no rosto, nas atitudes e no comportamento das pessoas. Os adeptos do politicamente correto celebram, pois já fazem mais de cinco anos que o povo brasileiro não cediam aos apelos da mídia e de certas “autoridades”. O medo e o caos tem sido os dois elementos utilizados para paralisarem o Gigante.
 
Outra evidência notável é que dentro do quadro atual, não basta ao brasileiro seguir as recomendações feitas pelos órgãos de saúde, é necessário pensar com a massa, é necessário se expressar em sintonia com a massa. Pensar diferente, falar diferente do que está sendo dito na mídia, mesmo tomando todas medidas preventivas, já é o bastante para te tratarem como uma pessoa que contraiu o Vírus Chinês. Assim como as pessoas diagnosticadas estão sendo isoladas para evitar a disseminação do vírus, as pessoas que por alguma razão enxergam o exagero oportunista de prefeitos e governadores, também estão sendo isoladas da sociedade. Da mesma sociedade que sob ordem e em obediência continuam em quarentena.
 
Recentemente, o clima de “escândalo” – próprio do politicamente correto – manifestado por uma parcela da opinião pública, foi destaque na grande mídia e, também nas Redes Sociais. O clima de “escândalo” foi motivado pela fala de encorajamento do Presidente Jair Bolsonaro, que destacou em Rede Nacional na noite de terça – feira, dia 24 de março e na manhã de quarta-feira, dia 25 de março – a necessidade de se retomarem os postos de trabalho, ressaltando o exagero nas medidas adotadas por governadores e prefeitos. A reação desta parcela da opinião pública é uma demonstração inquestionável do nível de tensão propagado e alimentado no Brasil. Portanto, o clima criado pela grande mídia e sustentado institucionalmente pelas “autoridades” está produzindo seus efeitos silenciosos e perversos: - criar no consciente e no inconsciente coletivo o pavor de contrair o vírus; contraindo, de conviver com a "sentença de morte" para si e para os outros; e, discordando, de ser isolado socialmente dos que estão em quarentena por pensar e se expressar diferente da massa. As cartas estão na mesa e o jogo segue.
 
PIAUÍ
 
Pegando carona no Vírus Chinês e na criticada a atitude do Presidente Bolsonaro de ir à manifestação, o governador do Piauí Welington Dias (PT), querendo limpar sua pele e sair imune das situações limitantes existentes no Estado – seja financeira, na saúde, na educação – emitiu logo na segunda – feira, dia 16 de março, um Decreto suspendendo as aulas na rede estadual de ensino, pelo prazo de 15 dias, devido à “pandemia do coronavírus”. Acontece que por traz da decisão do Governador estão pelo menos dois fatos omitidos: - a greve dos professores do Estado e o “linchamento” público do Presidente. Com o Decreto ele resolveu o primeiro caso – isolando os professores grevistas – e rechaçou, mesmo que indiretamente, a atitude de Bolsonaro em comparecer naquela manifestação.
 
Este Decreto do Governador Wellington Dias, produziu um efeito dominó, pois serviu de recomendação para suspensão das aulas tanto na rede pública municipal como na rede privada, e, consequentemente, na Universidade Federal e nos Institutos Federais do Piauí. Neste momento, o Piauí não possuía nenhum diagnóstico do Vírus Chinês registrado, mas as medidas adotadas pelo governo, desconsideravam este fato, e, sob o argumento de se promover a “prevenção”, se institucionalizou o medo – promovido pela imprensa, agora com o aval do Estado. Os três primeiros casos diagnosticados no Piauí, foram anunciados somente no dia 19 de março.
 
Naquela data, 19 de março, Wellington Dias emitiu dois Decretos: um “declarando estado de calamidade pública” e outro “suspendendo atividades em restaurantes e shoppings” no Estado. No dia 23 de março, o Governador emitiu novo Decreto “suspendendo as atividades comerciais e de prestação de serviços”. Nesta ocasião o Piauí contava com 6 casos diagnosticados com o Vírus Chinês e 117 casos suspeitos. Ainda na segunda – feira, a Assembleia Legislativa do Piauí aprovou o “decreto de calamidade pública e a redução do ICMS do álcool em gel”.

Confira todos os Decretos AQUI

 
Com essas medidas, o Governador e à Assembleia Legislativa paralisaram visivelmente o funcionamento do Estado. Assim, as consequências que surgirem a partir daqui, podem não ser mais de responsabilidade das autoridades do Piauí, certamente serão atribuídas ao Presidente da República, a insensatez dos teimosos e ao próprio Vírus Chinês. Neste ponto podemos recorrer ao ditado popular que diz: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Em outras palavras, estas medidas, aparentemente protetivas, estão deixando o povo piauiense entregue à própria sorte!
 
PICOS
 
Seguindo a linha do Governo do Estado, o “prefeito” de Picos, José Valmir de Lima (PT), emitiu na segunda – feira, dia 16 de março um Decreto suspendendo as aulas e atividades coletivas por 15 dias. Na quarta – feira, dia 18 de março, mais um decreto com “medidas preventivas”, onde, entre outras coisas – “’recomendava’ aos bares, restaurantes e lanchonetes que mantivessem o afastamento de 1,5m entre as mesas, além do fornecimento de álcool em gel; e determinava por um prazo de 15 dias a suspensão de atividades coletivas ou eventos: culturais, artísticos, religiosos e shows.
 
No dia 20 de março, o Prefeito emite um novo Decreto “com medidas de compensação aos lojistas”. No dia 21 de março o Prefeito decretou a suspensão total da feira livre de Picos. No dia 24 de março foi decretado estado de calamidade pública devido à “pandemia do Coronavírus”. Detalhe: todas estas ações foram adotadas sem nenhum caso diagnosticado no município de Picos. A cidade de Picos que possui um fluxo gigantesco de pessoas, vindas das diversas cidades da região está praticamente vazia. Tudo isso em nome de uma “prevenção”, desprovida de qualquer critério, que tem espalhado pânico e definido um cenário com condições para o caos. Neste contexto, o amanhã é incerto e nada se escuta falar por parte das autoridades, sobre o que fazer, se mesmo com todas essas medidas, o Vírus Chinês nos alcançar. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE
 
Os dados divulgados diariamente pelo Ministério da Saúde, considerando o território nacional, aponta este cenário: no dia 19 de março, o boletim do MS apontava 621 casos diagnosticados e 06 mortes registradas no Brasil. No dia 21 de março, o número de casos diagnosticados passou para 1.128 e 18 mortes. No dia 22 de março, subiu para 1.546 diagnósticos e 25 óbitos. No dia 24 de março, constava no boletim do MS 2.201 casos confirmados e 46 mortes. Na quarta – feira, dia 25 de março o boletim apresentado pelo MS destacava 2.433 casos do Vírus Chinês e 57 mortes. No boletim dessa quinta – feira, dia 26 de março os casos diagnosticados subiram para 2.915 e os óbitos foram para 78. As maiores incidências dos casos registrados se concentram na região Sudeste, mas as regiões Sul, Centro-oeste e Nordeste tem elevado os números de casos registrados. Para o ministro Mandetta, os dados estão dentro das projeções feitas pelo Ministério da Saúde.
 
ESPECIALISTAS
 
A primeira informação que destacamos aqui, a partir de um vídeo publicado no seu canal do Youtube no dia 18 de março, é do Dr. Beny Schmidt, médico neurologista e patologista muscular, é chefe do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele afirma: “É preciso informar corretamente a população para que não haja pânico. A primeira morte (atribuída ao coronavírus) no Brasil, reforça a baixa patogenicidade do Coronavírus. A maioria absoluta das vítimas fatais em todo mundo, tem algo em comum, outras comorbidades, tais como, pressão alta descontrolada, diabetes descompensados, insuficiência cardíaca ou renal, ou seja, doenças que comprometem o funcionamento do sistema imunológico”, explica.
 
Para Osmar Terra, que é médico e atualmente exerce o mandato de Deputado Federal pelo (MDB), as restrições impostas as pessoas como cancelamento de aulas, quarentena etc, não altera o processo de contaminação. Para o parlamentar estas ações tem uma única finalidade: “isso é muito mais para o gestor dizer que está fazendo alguma coisa do que para ajudar a população”. Com a experiência de Secretário de Saúde no Rio Grande do Sul, no período que houve o surto de H1N1 no País, Osmar Terra projeta que o número de óbitos causados pelo Vírus Chinês será inferior ao provocado pelo H1N1. Ele lembra que o “H1N1 somente o ano passado matou 750 pessoas no Brasil”. Osmar Terra ainda chama a atenção para o exagero das medidas adotadas por muitos governantes: “Tem governantes querendo parar tudo, botar todo mundo de quarentena em casa até para resolver problemas políticos deles”.
 
Durante uma entrevista na Globo New um jornalista fez a seguinte pergunta a um infectologista, tomando por base o pronunciamento do Presidente Jair Bolsonaro: - Dr. Marcelo, como um profissional técnico com seu conhecimento nessa área que o senhor atua recebe declarações do tipo: “há exagero nas providencias tomadas para conter o contágio pelo novo Coronavírus”, “não seria necessário todo esse confinamento com restrição de circulação de pessoas”, “desse jeito lá pra frente a economia vai se ressentir de tal maneira que todos perceberão o equívoco dos dias corrente”. Como é que o senhor vê, declaração desse tipo que tenta desacreditar o conhecimento que o senhor representa?
 
Dr. Marcelo Burattini responde:
 
“André, essa é uma pergunta muito difícil, porque essa é uma doença nova, uma doença que tem um potencial epidêmico e pandêmico já demonstrado, mas que nós precisamos trazer em perspectiva como outros agravos do mundo e outras situações com as quais já nos acostumamos e que não geram essas medidas estremas de contenção. Ainda em relação ao Coronavírus, existem estratégias de supressão e de contenção, que são diferenciadas. Eu pessoalmente acredito que, nem sempre as medidas que foram adotadas em alguns países com sucesso relativo, - e, de novo, nós não temos base concretas para medir com precisão a efetividade dessas medidas de contenção – mas, nem sempre essas medidas poderão trazer o mesmo resultado em outros cenários epidemiológicos e sócio-demográficos. Então, eu recomendaria muita cautela, e tenho sim muita preocupação com a consequência econômica, por um motivo muito simples, se nós adotamos essa medida de lockdown, de proibir a circulação de pessoas, fechar todo o comércio, proibir circulação de transportes comunitários, entre municípios, entre estados, bloqueamos toda economia. A epidemia, uma vez que se instala numa população, ela vai fazer o maior número de casos possíveis, sempre. E isso é decorrente de uma característica do agente que provoca a epidemia e do comportamento natural da população. Quando nós artificialmente contemos o ímpeto de uma epidemia através dessas medidas de isolamento extremos, nós retardamos a curva epidêmica, mas quando relaxarmos essas medidas ela vai voltar. A curva epidêmica vai voltar! {...}. A pergunta é: quanto tempo, uma população como a nossa aguenta medidas restritivas e de impacto econômico tão pronunciado como a que nós estamos tendo? ”
 
Dada a extensão da análise, vou limitar o texto a estes três depoimentos, tendo em vista a existência de muitos outros na mesma linha, confrontando o descontrole sociais e, consequentemente, emocional produzidos pelas instâncias governamentais e pela grande mídia na vida do cidadão comum. O bem, que esta turma diz promover no momento, certamente, esconde muitas controvérsias. Quem viver verá! Aqui não se trata de nenhuma profecia, diz respeito apenas aos fatos e acontecimentos que são camuflados entre os assuntos de interesse geral, para que passem despercebidos aos olhos da grande massa.     
 
CONCLUSÃO
 
Procurei ao longo deste artigo colocar na mesa, as cartas que estão sendo escondidas por aqueles que se encontram em condição de decidir e influenciar as pessoas à refletirem sobre as outras vertentes desta pandemia e da crise que estamos envolvidos. Sei que não podemos relativizar, muito menos minimizar os cuidados massivamente divulgados pelos órgãos de saúde. Ao mesmo tempo, estou convicto de que não devo me calar diante de ações exageradas, simplesmente pelo fato de todo o mundo e mundo todo está falando sobre determinado vírus. O Vírus Chinês é real e pode ser mortal para pessoas com doenças crônicas e, especialmente pessoas idosas. Portanto, seguir os protocolos de higienização é a melhor saída no momento. Mas, isso não significa paralisar a atividade vital para o ser humano que é o seu trabalho.
 
Olhe para você! Por quanto tempo você pode sustentar sua família sem trabalhar? Por quanto tempo empresário pode garantir o salário do funcionário sem produzir? Por quanto tempo o Município, o Estado, o País pode garantir os investimentos básicos sem o recolhimento dos impostos? Sinceramente, você acha que o vírus vai dá um tempo, respeitando essas medidas que foram adotadas? E, aí você me pergunta: e os idosos, as crianças, as pessoas com doenças crônicas – o que fazer, como fazer? Na encruzilhada que estamos, não temos receitas prontas. Imagino, neste cenário, que as ações de higiene devem ser redobradas. E estas ações não compete as autoridades constituídas, mais, a mim, a você, a todos nós. Tempos difíceis exigem cautela, mas não a inação. Agir com prudência, certo de que em algum momento, tanto podemos ser, potencialmente, um receptor como um transmissor do Vírus Chinês, é uma realidade dura e difícil de digerir, mas que precisamos enfrentar.   
 
Agora, é com você! Tire suas próprias conclusões! Que Deus nos ajude e que as orações, motivadas pelo Santo Padre Papa Francisco, e seguida pelos cristãos no mundo inteiro, cheguem, com a intercessão da Santíssima Virgem Maria ao Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que na Sua infinita bondade e misericórdia estenda a mão sobre a alma dos que morreram em decorrência do vírus, sobre as pessoas que contraíram este vírus, seus familiares, os médicos, enfermeiras, cientistas, autoridades civis e eclesiásticas.      
 
Daniel Jorge
Enviado por Daniel Jorge em 27/03/2020
Alterado em 25/05/2020
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